segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PESQUISA » O futebol potiguar também tem sua enciclopédia

Publicação: 04/09/2011 17:00 Atualização:

Por Luan Xavier, da redação do DIAIRODENATAL
Com o arquivo que ele tem em casa daria para contar a história do futebol potiguar com todos os detalhes, curiosidades e registros possíveis. Ex-jogador de futebol e atualmente na "profissão" de avô do pequeno Pedro, José Ribamar Cavalcante, hoje com 65 anos, é um exemplo de desportista no Rio Grande do Norte. A carreira de atleta nem durou tanto tempo assim, mais precisamente nove anos, mas nem por isso ele deixou de dedicar a vida a resgatar a memória do futebol norte-riograndense e trazer de volta com suas lembranças os grandes ídolos de várias e várias gerações. Com a disciplina e dedicação de um militar da reserva, Ribamar tem em casa um invejável acervo de fotos, documentos e, principalmente, memórias do nosso esporte, tão rico e tão pouco valorizado por nós mesmos.

Quem lê os principais blogs e publicações da crônica esportiva potiguar já o conhece, pelo menos de nome. Sempre há alguma colaboração de Ribamar Cavalcante no que diz respeito a fatos históricos envolvendo nosso futebol. Mas, de onde surgiu essa preocupação? Ele responde: "eu sempre pensei em resgatar aquela pessoa que já proporcionou tantas alegrias aos nossos clubes, ao estado e até a muitos dirigentes que, por causa deles, estiveram na mídia durante muito tempo", diz. O problema, ele diz, é que a falta de reconhecimento e resgate histórico no Rio Grande do Norte é resultante de falhas de ambos os lados, tanto dos clubes, que esquecem seus ídolos, desconsiderando sua própria história, quanto dos jogadores, que muitas vezes não aproveitam oportunidades que surgem na vida pessoal para garantir uma vida profissional após o término da carreira como jogador.

Mas, segundo Ribamar, ainda é tempo. Ele defende que os clubes precisam trazer de volta seus ex-jogadores para atuar, principalmente, na formação e orientação de novos talentos. "Deveria haver nos clubes, dentro do quadro de funcionários, ex-jogadores que sirvam de referência para o trabalho com iniciantes", defende. "Essas pessoas podem aconselhar quemestá começando a como seguir a carreira e aproveitar as oportunidades", ressalta. Outro problema é que, em muitos casos, o próprio ex-atleta não se vê embutido dessa capacidade. "Muitos jogadores após encerrar a carreira não se conscientizam que são ex-atletas e ficam apenas cobrando do clube o que tinham nos tempos que jogava", diz. Vendo vários exemplos de pessoas que não se preocuparam com o futuro enquanto tiveram de tudo no futebol, Ribamar se entristece. "Eu me sinto muito triste quando vejo isso e gostaria muito de ter condições de ajudar muita dessas pessoas", diz.
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