terça-feira, 27 de setembro de 2011

Macaco jornalista. É sério


Comentei aqui sobre como as novas tecnologias levaram o "The New York Times" a transformar sua redação em uma espécie de universidade de conhecimentos gerais. Mais estranho, tecnologicamente, é um computador escrevendo notícias no lugar do jornalista.
É o que estão se propondo cientistas da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos. Eles criaram um programa batizado de Monkey (Macaco). O programa é desenvolvido para trabalhar com estatísticas. A partir delas, o Macaco produz a notícia com o máximo de objetividade possível, captando e analisando os dados disponíveis na internet.
Por enquanto, ele só redige notícias sobre beisebol. Mas já está sendo treinado para escrever sobre negócios. Aterrador?
O fato revelador desse programa é o seguinte: gostemos ou não, tudo o que for repetitivo, sem o toque da criatividade humana, a máquina tende a tomar o lugar.
Daí que um dos principais papéis da educação não é educar para fazer testes, mas para ser criativo.
*
Coloquei no Catraca Livre (www.catracalivre.com.br) tanto o detalhamento do Monkey como sobre os cursos abertos do "The New York Times".
Gilberto Dimenstein
Gilberto Dimenstein, 54, integra o Conselho Editorial da Folha e vive nos Estados Unidos, onde foi convidado para desenvolver em Harvard projeto de comunicação para a cidadania.

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