terça-feira, 6 de setembro de 2011

11 DE SETEMBRO

Balanço

Mais de 35 mil foram condenados por terrorismo desde o 11 de Setembro

Publicada em 05/09/2011 às 18h57m
O Globo
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A prisão de Guantánamo,  principal centro de detenção de suspeitos de terrorismo / AP
RIO - Desde os atentados de 11 de setembro de 2001, mais 35 mil pessoas foram condenadas no mundo por acusações de alguma forma ligadas a terrorismo. Os processos incluem casos mais sérios, como ataques a bomba a hotéis e ônibus, mas também acusações menores e distorcidas, como a de colocar cartazes políticos nas ruas.
Na primeira contagem já feita sobre processos relacionados a terrorismo, a agência de notícias Associated Press (AP) comprovou um aumento significativo no número de processos judiciais de crimes de terrorismo, quase sempre apoiados em leis criadas ou modificadas nos últimos dez anos. Antes do 11 de Setembro, explica o estudo, apenas algumas centenas de pessoas eram condenadas por terror anualmente no mundo.
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A quantidade de condenações, combinadas com quase 120 mil prisões, demonstra a importância que passou a ser dada à luta contra o terrorismo depois dos maiores atentados da História. Mas também revela como dezenas de países aproveitaram as definições ainda vagas sobre o que é terrorismo para silenciar adversários políticos.
- Em todo o mundo se reconheceu que o terrorismo é uma ameaça séria para a sociedade e precisa ser combatido pela raiz - afirmou John Bellinger, que, como assessor legal do Conselho Nacional de Segurança, estava na Casa Branca em 11 de Setembro de 2011. - Além disso, mais países autoritários estão usando a ameaça do terrorismo como desculpa para reprimir abusando dos direitos humanos.
Mais da metade das condenações aconteceram em Turquia e China, dois países acusados de usar as leis antiterrorismo para perseguir opositores políticos. Só a Justiça turca condenou mais de 12.800 pessoas, quase um terço do total.
Nos EUA especificamente, entre 2001 e 2011 foram quase 3 mil prisões e mais de 2.500 condenações, cifra quase oito vezes maior que a registrada na década anterior.
O estudo, feito com base em dados de 66 países, alerta que os números de prisões e condenações devem ser ainda mais altos, já que alguns regimes mais fechados se recusaram a passar informações.

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